Saturday, April 08, 2006

O palco social!

O mundo pós moderno vive uma constante luta consigo mesmo, segmentos sociais travam verdadeiras pugnas e buscam a sua maneira uma nova visão de mundo. Aboradar assuntos não vigentes em nossa sociedade planificada, que ultrapassam as visões do senso comum é o mesmo que sair da caverna e voltar para contar aos senhores do mundo das sombras, com isso, sua vida pode até estar em risco, pois os dogmáticos não querem pu não sabem ver além de seus olhos, não sabem com0 o conhecimento é algo que pode agredir aos olhos, mas com o passar do tempo, até mesmo a dor pode se tornar algo maravilhoso.
A sociedade em que vivemos, na realidade é um palco social, nas palavras de Guy Debord "A sociedade que repousa sobre a indústria moderna não é fortuitamente ou superficialmente espectacular, ela é fundamentalmente espectaculista. No espectáculo da imagem da economia reinante, o fim não é nada, o desenvolvimento é tudo. O espectáculo não quer chegar a outra coisa senão a si mesmo.Na forma do indispensável adorno dos objectos hoje produzidos, na forma da exposição geral da racionalidade do sistema, e na forma de sector económico avançado que modela directamente uma multidão crescente de imagens-objectos, o espectáculo é a principal produção da sociedade actual."
Quando nos referimos a essa sociedade do espetáculo, podemos notar que o desenvolvimento economico é mais importante que o desenvolvimento social, mesmoque há estabelecido o pensamento que uma economia forte com certeza reflete nas estruturas sociais, coisa que não podemos ver no mundo atual, em que paises capitalistas desenvolvidos, como os E.U.A , adotam em sua cultura manifestações intolerantes, presentes em toda sua sociedade.
Em nossa sociedade não passamos de atores, não precisamo efetivamente ser, necessitamos apenas parecer ser, ou seja, nessa sociedade pós moderna, aonde o valor das coisas não se encontra em sua ultilidade, mas sim no status que ela pode oferecer, muitas pessoas buscam a cada dia consumir mais e mais, para que assim possa parecer com o mocinho da novela, ou com um novo prisioneiro do Big Brother.

Monday, April 03, 2006

Reprimir, algo humano!

"Privamo-nos para mantermos a nossa integridade, poupamos a nossa saúde, a nossa capacidade de gozar a vida, as nossas emoções, guardamo-nos para alguma coisa sem sequer sabermos o que essa coisa é. E este hábito de reprimirmos constantemente as nossas pulsões naturais é o que faz de nós seres tão refinados. Porque é que não nos embriagamos? Porque a vergonha e os transtornos das dores de cabeça fazem nascer um desprazer mais importante que o prazer da embriaguez. Porque é que não nos apaixonamos todos os meses de novo? Porque, por altura de cada separação, uma parte dos nossos corações fica desfeita. Assim, esforçamo-nos mais por evitar o sofrimento do que na busca do prazer"

Essas palavras de freud são demasiadas importantes para discutirmos alguns aspectos vigentes em nossa sociedade. O preço que pagamos pela civilizãção é a repressão de nossas pulsões, a busca pela felicidade, pelo prazer, (que nada mais é que o motor do ser humano) muitas vezes não pode efetivamente ser alcançada, gerando uma frustração,algo comum em nossa sociedade, é so ver ao redor e ver a quantidade de neuróticos, é so olhar no espelho!
Freud nos pergunta porque não nos embriagamos? Porque é mais importante viver com nossas neuroses do que nos entregarmos para a loucura? O filósofo F. Nieztche diz que " Ha sempre um pouco de loucura no amor, mas a sempre um pouco de razão na loucura". Loucura e amor, devaneios bons que caminham ao lado do homem, muitas vezes não podemos nos entregar para determinados sentimentos, ou se nos entregamos, sofremos pornconta disso, seria mais simples viver loucamente uma paixão, e na semana seguinte uma outra, sem sofrer pela que se foi!
As paixões, porque não temos mensalmente? Porque sabemos que a paixão boa sempre está ligada para a vida, é uma coisa ótima que acontece em nossa vida, enquando a paixão ruim está sempre ligada a morte, porém, a paixão boa, aquela que nós faz ver a vida melhor, aquela que muitas vezes transforma nossa vida, não acontece rapidamente, pode ser em uma hora inoportuna (as melhores costumam ser assim) podem muitas vezes nos levar a uma frustração, a um estado de melancólia muito grande. Ai quem eu pergunto, é melhor sofrer por amor? Ou não amar?
O ser humano portanto vive buscando mais a falta de sofrimento que efetivamente o prazer, e isso é uma coisa muito confusa, pois viver para evitar o sofrimento em vez de buscar o prazer é má fé, com certeza viveriamos melhor sem essa sociedade que nos cerca e forma nosso superego, esse mecanismo facista nos burla.
Acretido que os homens pré-históricos vivam muito melhor que os homens modernos, pois não tinham tantas obrigações, a "sociedade" que habitavam não tinha representatividade alguma, pois ela efetivamente não existia!
Mas como no filme de Kubrick, 2001 uma odisséia no Espaço, podemos notar que a vida começa com a ferramenta e acaba com a ferramenta, o homem criou e cria, caminhando para algum lugar, só não sabemos para onde.