Tuesday, May 30, 2006

Um dia no fliperama da vida

Eu coloquei minha ficha, escolhi o Ryu, crente de que iria zerar a máquina, mas quem foi meu primeiro adversário? Ken. No primeiro Round, como imaginava, eu ganhei, porém, no segundo, com alguns golpes a mais que eu, ele me derrubou. No terceiro e último Round, ele me espancou e como era de se esperar, perdi.
Fui até o cara do balcão para comprar mais fichas, e com uma voz rouca de tanto cigarro, o homem disse que não venderia mais fichas para mim. Com grana na mão para comprar um monte delas, o velho senhor, que escraviza Deuses e homens, mais conhecido como Eros, disse que o jogo acaba, o game over é esperado sempre.
Eros sempre dizia que eu podia comprar mais fichas, dessa forma acreditei que posso vencer o jogo com apenas uma ficha, desafiando a máquina com minhas habilidades.
Mas como disse logo acima, não foi bem o que aconteceu...
Com o jogo perdido, fui embora, andei por alguns minutos, fumei mais cigarros, olhei para os dois lados da rua, e vi que a vida é sempre feita de grandes escolhas.
Entrei no onibus, sentei no banco ao som do bom e velho Ska do The Specials...
Ouvi uma grande palavra de consolo, de que nada serviu, mas a atitude expressa valeu mais do que qualquer coisa naquele momento.
Demorei para pegar no sono... Ao acordar cedo no dia seguinte, vi que mesmo sendo muito difícil, eu posso e devo escoher outro jogo, quem sabe o Mortal Combat não me disperta algo interessante, e assim, o velho Eros com seus anos de vida, volte a vender fichas ...

Wednesday, May 17, 2006

Marx – Cola, o PCC e os Filhos das putas

Os publicitários do III Reich certa vez disseram que uma mentira contada mil vezes se tornaria verdade. Acredito que em São Paulo, isso nunca esteve tão em voga, pessoas em pânicos; o espectro do medo rondando a vida de todos, com certeza vivemos sob a cultura do medo.
Os boatos nas ruas caminhavam a passos largos, atingia várias pessoas ao mesmo tempo, a grande concentração de pessoas deve ter propagado ainda mais a onda de boatos. O telefone se fio, brincadeira infantil que nada tinha de nefasto, nessa ultima segunda feira foi usada pelos adultos, gerando no final da linha, coisas sem nexo, ameaçando e causando mais pânico na população.
A criminalidade mostrou sua cara e, disse quem apita o jogo, verdade seja dita, sabemos que os ataques ocorreram e que a violência foi enorme, mas convenhamos, o medo que surgiu de uma hora para outra em todos os cidadãos de São Paulo, foi caudado pelas próprias pessoas.
Marcola, grande líder do PCC comanda o submundo do crime dentro de uma penitenciaria de segurança máxima, provou para todos que São Paulo é uma cidade frágil, que facilmente pode ser atacada. Gostaria que Marcola tivesse lido alguma coisa de Marx, Bakunin, Malatesta, Durruti, assim teríamos uma revolução, pois Marcola provou que é possível comandar um esquadrão de pessoas e, colocar abaixo toda a estrutura do sistema capitalista. Não quero aqui entrar na questão sobre as formas de crime, se são certas ou erradas, mas sei que o que vimos nestes últimos dias, foi apenas uma prova de que não estamos seguros, pois temos uma polícia corrupta. Isso é apenas o reflexo de um sistema falido, corrupto, que homens do colarinho branco, dominam a vida de muita gente, levando o país que chamamos de Brasil, para a lama. Nessa eleição, devemos votar nas putas, pois os filhos delas já provaram que são incapazes de administrar um grêmio de escola do Estado.

Sunday, May 14, 2006

Dias das mães e o jogo do capital

Dia quatorze de maio do ano de dois mil e seis, data em que se comemora o dia das mães. Pergunto, o que seria o dia das mães?
A grande maioria das pessoas pode responder que é uma data para ficar ao lado das mães, de comer uma bela refeição e conversar sobre alguns assuntos pertinentes a família. Mas o dia das mães, uma criação humana, ou seja, algo não natural, serviria apenas para unir mais as famílias?Para recordar daquela pessoa querida que muito fez por nós? Podemos dizer que não!
Guy Debord, refletindo sobre a sociedade de consumo, salienta “ O apagamento da personalidade acompanha as condições da existência concretamente submetida às normas espetaculares da sociedade de consumo, e também cada vez mais separada das possibilidades de conhecer experiências que sejam autênticas e, através delas, descobrir as suas preferências individuais".
Essa sociedade planificada, que visa a criação de indivíduos normalizados, é a que vai fabricar essa falta de personalidade entre as pessoas. Até mesmo um filho que não se interessa pela mãe, que não sente de coração a necessidade de estar ao lado de sua progenitora, se vê acuado pelas estratégias do grande mundo do consumismo. Sua vida, sua personalidade, são moldadas sob a ótica do grande irmão, com suas “normas espetaculares” , deixando esse individuo um ser sem vida, uma Laranja Mecânica, em que o livre arbítrio seria apenas um conto de fadas. Não conhecendo efetivamente, as coisas do mundo, pois como diz a musica da velha banda punk Replicantes “Conhecer as coisas do mundo, é coisa de vagabundo”. O que falta em nossa sociedade é a personalidade, é o dizer não as tentações da mídia que nos impõe uma forma de agir e de pensar, deixar sim de comprar algo nos dias das mães, mas também dizer que a ama todas as vezes que sentir vontade, dessa forma, estaremos deixando de ser grandes fantoches para o espectro que ronda e domina o mundo, o fantasma do capital.

Wednesday, May 10, 2006

Um professor e a pedagogia da mediocridade

Os últimos dias sem escrever levam sempre a reflexões que muitas vezes se perdem em meio ao transito louco de São Paulo, entre os pontos de ônibus ou até mesmo entre os vários pensamentos que se misturam e muitas vezes não criam coisa alguma.
Os escritos desde humilde blog acabam sendo redigidos, justamente pelos anseios desde nobre colega que vos fala. O que mais me chama atenção nesses últimos dias é a questão da educação, como alguns devem ter conhecimento, o ensino publico enfrenta sérios problemas, falta de verba, escolas destruídas e a violência, levando a crença de que o ensino privado é a melhor escolha.
A pedagogia muitas vezes é o câncer da educação, o que deveria ser o suporte para a escola, acaba se resumindo em contos e livros de auto-ajuda para professores sem personalidade, com sérias limitações intelectuais. O pedagogo é aquela pessoa que muitas vezes adminstra a escola, domina leis e estratégias para um bom funcionamento escolar, coisa que muitas vezes não ocorre, devido a sua limitação, ao seu pobre conhecimento de vida, apenas conheçe alguns slogas de pensadores batidos, e não recorrem a novas tendências educacionais.
O filosofo certa vez disse que toda mulher vestida de negro parece inteligente, com certeza essa colocação de Nietzsche é muito preconceituosa, mas no caso das pedagogas isso me é muito evidente. As limitações intelectuais da grande maioria é apenas um reflexo da propagação de faculdade de pedagogia e até mesmo a esse sentimento nefasto que abita os corações femininos.
A critica pode e deve ser estendida a vários professores, de todas a áreas, mas retomando ao que tinha dito logo acima, a escola privada é apenas um lugar aonde o aluno paga, ou seja, compra a mercadoria (educação), e caso a mercadoria não esteja de acordo, ele pode reclamar. Não podemos generalizar, dizendo que todas as escolas privadas são ruins , e nem devemos, pois temos vários exemplos de escolas com um bom desempenho.
O problema está na escola, que administradas pelos senhores do amor, afundam o conhecimento, limitando até mesmo aquele professor com boas idéias. Como Nietzsche dizia: “Educar os educadores! Mas os primeiros devem começar por educar a si próprios. E é para esses que eu escrevo”. Todos nos sabemos que o ensino deve ser revisto, o ducador de que se educar, olhar mais adiante, não deixar que filosofias de amor, de historinhas ao estilo Chalita os peguem. Acredito que para isso ocorrer, é preciso que os profissionais da área da educação, revejam seus conceitos, estudem mais, leiam livros que possam contribuir com sua rotina escola, pois entre os pedagogos, Os Gasparettos e revistas de fofoca, ainda são os mais lidos. Tenho pena de alunos que não tem contato com o conhecimento, pois este ofusca os olhos, mas não há nada mais prazeroso de olhar e escutar alguém que conheça e saiba do significado do amor ao conhecimento.